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sábado, 20 de dezembro de 2008

Honoráveis, apresento-lhes Credo Mutwa


Cheguei na Africa ainda no Brasil. Sutilmente, ao interagir com a tripulação e passageiros do vôo da South African Airlines e mais intensamente, ao sentar-me ao lado da curiosa funcionária pública do governo de Gana, Rhoda. Conversamos a noite toda sobre possíveis mudanças globais pela frente e quando vi a fantástica paisagem vermelha-marciana do solo sul africano ao amanhecer, tomei logo dois cafés, pois sabia que o Simon me esperava com um dia agitado pela frente.

Pousamos em Johanesburgo e reencontrei meu amigo Simon no aeroporto, depois de 3 anos em que moramos juntos em Londres. Minha primeira impressão do país: a própria Inglaterra na Africa, em todas as suas cores e regras, apenas com muito, muito mais negros. Fomos logo para um almoço com amigos europeus radicados ali, no jardim de um casarão centenário, que durou toda a tarde. A noite, fizemos um jantar com convidados na casa do Simon.

Porém nem tive tempo de ver a cidade direito, no dia seguinte partimos rumo a Kuruman, uma pequena cidade a 7 horas de carro de Johanesburgo, onde a colonização inglesa praticamente não chegou e onde a terra esforça-se para vencer a seca e tornar-se uma savana. Nos guiando no carro, os amigos Niam e Liém, que atualmente organizam encontros com um dos maiores líderes espirituais do continente africano, o último sanusi da Africa, Credo Mutwa.

Na Africa os xamãs das diferentes tradições e religiões são chamados de sangomas, e um sanusi é um sangoma sênior, portador oficial dos segredos, estórias e sabedoria de um povo. Oficialmente Credo Mutwa é o sanusi da nação Zulu, porém ao longo de seus extraordinários 87 anos de vida, ele foi iniciado em todas as tradições africanas, e é o último sanusi do continente pois todos os possíveis candidatos a ocupar este cargo após Credo foram devidamente boicotados, sendo a última jovem assassinada a queima roupa.

Quem fez este boicote e por que? A explicação da estória pessoal de Credo e de suas tentativas frustradas de iniciar um jovem aos segredos da tradição Zulu mistura-se com a estória do próprio continente africano: por que este continente foi tão massacrado ao longo dos tempos modernos?

Para nos responder esta pergunta, a cerca de 10 anos atrás, convencido de que ninguém ocuparia seu cargo após sua morte, Credo decidiu quebrar seu juramento e tornar públicas as estórias mais secretas de seu povo, guardadas por centenas e centenas de anos pelos mais respeitados sanusis da Africa. E a estória que ele tem para nos contar é tão intensa e surpreendente, que precisamos tomar cuidado para não reagirmos logo com inconsciência, para sermos capazes de ouvi-la. Para sermos capazes de respirar, ouvir e guardar suas palavras, para que possam ser analisadas e estudadas mais tarde, com tempo e calma.

Somos recebidos por Virginia, atual mulher de Credo. Entro na humilde casa situada na semi-desértica região sul-africana conhecida como Cabo do Norte. Apesar de ser o autor de diversos livros que atraem cada vez mais interesse de leitores de todo o mundo, autor de vários projetos de organizações honoráveis, parece que algumas pessoas do alto escalão de diferentes governos do mundo trabalharam eficientemente ao longo de décadas para que Credo fosse mantido na pobreza e no esquecimento.

A casa é rodeada de grandes esculturas e pinturas feitas por Credo, que usa a arte como um dos meios para curar sua saúde debilitada pela idade avançada e principalmente pelas frustradas tentativas de assassinato que sofreu, uma delas quando foi envenenado, evento que causou os maiores danos em seu corpo.



Acima, um detalhe de uma das pinturas na parede externa da casa de Credo.

Compreender como e por que Credo teve seus discípulos e sua ex-mulher assassinados, foi sodomizado e abduzido, esfaqueado, envenenado, ferido a balas e constantemente boicotado financeira e socialmente, se torna mais plausível quando entendemos o enorme impacto que as estórias secretas que ele aprendeu dos diferentes povos africanos podem causar no mundo, estórias que vem sendo ouvidas e repetidas por cada vez mais pessoas, e soando cada vez menos surreais.

Simon, Liém, Niam e eu nos sentamos no chão, sobre um enorme tapete vermelho, de frente a um castiçal com 3 velas acesas a nossa espera, e de alguns objetos pessoais do sanusi. Chamado por Virgina, Credo Mutwa nos cumprimenta e senta-se num dos sofás da sala. Seu inglês erudito e pausado reflete toda a sabedoria que emana de seu corpo através de uma energia intensa e desconhecida pela maioria de seus visitantes. Em instantes porém, ele abandona o sofá e junta-se ao nosso chão, criando uma atmosfera amigável e informal. Com sua saúde debilitada, ele abaixa a cabeça e fecha os olhos, e sem perder o sorriso repousa por um minuto. Eu aproveito e tiro uma foto:



Durante os 3 dias em que passei com Credo Mutwa em sua própria casa, emocionei-me profundamente diversas vezes e, por diversas vezes entrei sutilmente em um diferente estado de consciência. Relatar suas palavras em ordem cronológica e em seu total contexto me é agora impossível. Faço aqui portanto um breve resumo da principal estória que ele tem para nos contar:

Credo explica que a origem da palavra que define seu povo, Zulu, provém de duas palavras, izulu, que significa espaço interplanetário e izula, que significa viajar randomicamente. Ele afirma então que a centenas e centenas de anos atrás, o povo Zulu já tinha o conhecimento de que era possível viajar pelo espaço sideral.

E a estória que ele aprendeu de seus ancestrais é a de que a milhares de anos atrás, nosso planeta foi visitado por uma raça extra-terrestre de seres reptilianos que chegaram em discos voadores e podiam assumir diferentes formas físicas perante os olhos dos humanos daquela época.

O intuito desses seres reptilianos era minar metais preciosos como o ouro e a prata, abundantes em nosso planeta, e essa tarefa tornaria-se mais fácil através da colonização da raça humana. Estudando então o nosso DNA, eles conseguiram modifica-lo e reduzi-lo para que nos tornássemos uma sub-raça ignorante e facilmente escravizável.

Após termos minado as maiores quantidades de ouro e prata disponíveis por aqui, estes seres partiram rumo a novas conquistas, sem no entanto nos abandonar completamente: para que nos governassem em sua ausência, membros da raça serpente cruzaram com mulheres humanas criando uma raça híbrida humano-serpente, que seria leal a seus mentores e governaria o planeta até os nossos dias atuais. Esses seres híbridos formariam a elite do primeiro conglomerado humano pós-Atlântida, a Babilônia,  para depois sucessivamente governar o Egito e Roma, a Idade Média através da igreja católica e das famílias reais europeias, e o mundo moderno, através de governos e países de fachada, que nos previnem de enxergar que as mesmas famílias da idade média continuam governando o mundo de hoje.

Não possuindo total controle sobre os adulterados e primitivos seres humanos espalhados pelo mundo no cenário pós-mineração, este pequeno e seleto grupo híbrido foi lentamente, ao longo dos séculos, expandindo suas garras e aniquilando sociedades que se desenvolveram independentemente, com o intuito de novamente unir o planeta em um único sistema escravagista, desta vez sob a máscara de uma sociedade livre e civilizada, que trabalhe comportadamente em prol de seus governantes.

Credo frequentemente ressalta sua preocupação em como esse macabro plano está atualmente perto de seu atingir o seu objetivo, de como as poucas pessoas que, através da conhecida história humana, chegaram a tomar consciência deste fato foram sucessivamente silenciadas. Entre seus inúmeros relatos, está o de quando recebeu algumas ligações telefônicas da Princesa Diana, em meados de 1997. Diana havia tomado consciência da origem reptiliana da família real britânica e procurava ajuda para revelar este fato ao mundo. Ela planejava visitar Credo em breve, porém foi assassinada naquele mesmo ano e tal visita nunca aconteceu.

Existem de fato muitas evidências arqueológicas que nos direcionam a tal estória, como os relatos das tábuas de barro da antiga Suméria e suas esculturas:



Acima, uma escultura de barro da antiga Suméria. Esta imagem consta no website do Instituto Oriental da Universidade de Chicago.

Se olharmos com mais atenção, o mundo moderno também possui muitas evidências desta estória. Este é outro detalhe de uma das pinturas da parede externa da casa de Credo:



Compare a semelhança desta imagem como o logo da italiana Alfa Romeo. De onde origina-se tal logo e qual a sua razão? E qual família é a dona da Alfa Romeo?

Mencionada anteriormente como uma das enormes instituições reptilianas, um olhar mais cuidadoso sobre a igreja católica também pode nos trazer diversas perguntas: o que faz um obelisco egípcio no meio da praça São Pedro? Qual a explicação de algumas esculturas peculiares nos jardins do Vaticano? Tais esculturas e possíveis explicações podem ser conferidas na fenomenal palestra de David Wilcock:

O Enigma de 2012

Obeliscos egípcios também podem ser encontrados no centro financeiro de Londres e político de Washington (este último disfarçado sob o nome de Washington Monument). Será que nossos governantes estão mais relacionados entre si e com o Egito antigo do que gostariam que soubéssemos? É de conhecimento público que o Vaticano é um estado independente, porém poucas pessoas sabem que o centro financeiro de Londres e político de Washington também são oficialmente pequenas regiões independentes da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, com suas próprias leis e governantes que não são eleitos pelo povo.

E porque o chapéu papal é idêntico ao usado pelos antigos monarcas egípcios? E porque sob o trono britânico, podemos encontrar um enorme bloco de pedra egípcio, considerado sagrado? E porque no reverso da nota de um dólar americano consta a imagem de uma pirâmide egípcia?

Sim, existem muitos fatos obscuros sobre os nossos governantes e o mundo em que vivemos, fatos que fomos ensinados a ignorar. E estes fatos abrem a possibilidade para que a estória que Credo nos conta seja verdadeira.

Porém o aspecto mais importante que temos que aprender é que, se esta extraordinária estória for a verdadeira história humana, ela não nos submete a nenhum mal maior ao qual já estamos submetidos! Não devemos sentir medo se um dia percebermos que estamos sob o controle de um pequeno grupo de lagartos pervertidos cheios de objetivos deturpados! Talvez um profundo choque inicial seja inevitável, porém não há razão para termos medo!

Porque este seleto grupo de lagartixas desequilibradas já está fazendo tudo o que pode para nos controlar: elas já nos convencem de que vivemos num mundo onde nunca há o suficiente para todos, onde temos que competir uns com os outros para atingir o ápice de uma sociedade doente que trabalha para destruir o planeta onde vive, uma sociedade escravizada por um ego provavelmente alienígena, que foi implantado durante a adulteração do nosso DNA.

Porque elas já estruturaram um sistema financeiro que nos acostumou a ver muitos de nossos semelhantes morrer de fome sem nenhuma compaixão de nossa parte, um sistema onde seres engravatados justificam com gráficos e palavras pomposas o bombardeamento de crianças em nome de conceitos como democracia e liberdade, que através de um olhar mais cuidadoso revelam-se cada vez menos presentes em nossa realidade.

Porque essas lagartixas ascosas já criam novas doenças e conflitos e os mais diversos eventos para nos aterrorizar constantemente, como por exemplo os ataques terroristas de Nova Iorque e Madri, Londres e Mumbai. Como a crise alimentícia, a crise econômica e o conflito Geórgia-Russia, todos criados este ano. Elas já usam os seus governos de fachada e suas sociedades secretas para enganar a maioria dos humanos que fazem parte destas organizações e assim propagar a sua agenda reptiliana sobre nós.

E também porque estamos inevitavelmente caminhando para a luz e já tão envoltos por ela, que essas crises e conflitos criados já não atingiram os ápices desejados e não atingirão mais.

Se a estória que Credo Mutwa nos conta for verdadeira, tomar consciência dela é o primeiro passo para nos libertar. Logo após, devemos perceber que elas só conseguem nos controlar se nós mesmos permitirmos este controle e permanecer ignorantes ao nosso próprio potencial e aos motivos que nos trazem a esta experiência física. E então devemos tirar todo o traço de consentimento que temos dentro de nós em relação a estes governantes e começar a governar o mundo nós mesmos, por menor que seja este escopo no princípio.

A transformação que estamos vivenciando pode nos trazer muitas surpresas. Questiono Credo sobre tal transformação e ele diz estar ciente dela, afirmando que estamos sim chegando ao fim de um grande ciclo, momento que certamente já foi vivenciado anteriormente pela humanidade e que culminou em grandes calamidades como o último grande dilúvio. Desta vez porém, Credo acredita que, através de uma divina consciência que invade atualmente os nossos seres, conseguiremos evitar qualquer cenário apocalíptico e chegar ao começo de uma nova era neste planeta.

Outra surpreendente estória, com maiores evidências ainda, que este sábio sanusi tem para nos contar é de como a colonização européia do continente africano foi conduzida com a ajuda de seres extra-terrestres. Porém não vou relatar esta estória aqui, mas deixar que seja conquistada pela curiosidade de cada um.



Acima, um dos quadros pintados por Credo sobre a colonização africana.

Mergulhados na fascinante energia e relatos deste líder espiritual da nação Zulu, e recheados pela maravilhosa comida preparada por Virgínia com seus temperos únicos, após 3 dias deixo Kuruman com meus amigos, e agradeço a Deus por reconhecer a verdade na última frase dita a nós por Credo:

"Não se enganem meus filhos, o mundo é repleto de milagres!"



Credo e Virgínia sentados no sofá de sua sala. Credo revelou-se extremamente difícil de ser fotografado, aparecendo fora de foco em praticamente todas as minhas fotos, efeito que estende-se com menor impacto aos arredores do ambiente.

Apesar de Credo não receber os devidos direitos autorais sobre seus livros, alguns deles podem ser comprados pela internet, em sites como o Amazon.

Para assistir a entrevistas com Credo, sugiro as feitas por David Icke, que podem ser facilmente encontradas aqui na internet.

sábado, 11 de outubro de 2008

A Terra está cantarolando


Os cientistas dizem que a Terra está zumbindo. Mas não é apenas um ruído, e sim uma profunda e surpreendente melodia. A Terra está cantarolando. Você consegue ouvir?

Esse é o tipo de notícia que a gente se esquece.

Esse é o tipo de notícia que, dadas todas as nossas atuais distrações, as nossas obsessões com celebridades, premiações e drogas, os nossos afazeres com a família e amigos e contas e guerras e operações e reuniões e sexo e amores e pornografia e filmes e compras, tende a passar por debaixo do radar da nossa consciência sobre-agredida, para só mais tarde ser eventualmente redescoberta e recolocada diante de nossos olhos abertos, para que possamos então desta vez enxergar e compreender e reagir - Oh meu Deus! Eu não fazia ideia!

A Terra está zumbindo. Cantarolando. Expelindo uma melodia sem o auxílio de pilhas ou de qualquer mecanismo de corda, uma melodia etérea e mística, um surpreendente fenômeno recém descoberto que não é fácil de ser analisado, mas um fenômeno que, se conseguirmos absorver em toda a nossa consciência, pode mudar a maneira com a qual olhamos para tudo.

Os cientistas dizem que o planeta está gerando uma constante e profunda vibração sonora. Não uma mera cacofonia, mas uma espécie de música, como gigantescos círculos giratórios de sons, tão peculiar que não é capaz ainda de ser compreendida, numa vibração tão grave que não pode ser captada pelo ouvido humano. Como um rugido expelido pela própria água, vento e rochas: sonoridades de variadas vibrações que criam todos os tipos de frases tonais, que ecoam entre os continentes e giram sobre os oceanos, penetram nas placas tectônicas e gargarejam no magma, irradiam em zigue-zague pela atmosfera e batem contra as árvores e entram dentro de nossa própria caixa torácica. Que dançam sobre a superfície do planeta como milhares de preguiçosos furacões.

Isso cria uma sinfonia quieta e espiritual, tão singela e misteriosa, que os cientistas ainda não sabem de onde ela vem, ou porque está acontecendo. Os sensíveis instrumentos de medição tem sido aprimorados para captar o que vem sendo chamado de 'O Cantarolar da Terra', mas ninguém está perto de entender o que esse cantarolar significa. Um fato que, obviamente, é justamente como deveria ser.

Porque desta maneira, podemos instigar a nossa imaginação, a nossa intuição mística, a nossa sensibilidade poética - qualidades reprimidas pelo mundo moderno que nos é vendido pelos grandes jornais e corporações político-religiosas. Desta maneira, podemos experimentar a vivência em um mundo onde milagres acontecem todos os dias, um mundo com mais vida do que nossos olhos conseguem enxergar... o que estaria mais próximo da verdade.

Seria interessante pensar na Terra como uma gigantesca tigela cantante tibetana, tocada pelas mãos de Deus para atingir uma hipnótica pulsação por 26 bilhões de anos até que, lentamente essa pulsação diminuísse de volta ao vazio, fazendo os pássaros se perguntar - Ei o que aconteceu com a música? E Deus apenas sacudiria os ombros - Hum, isso foi interessante...

A Terra literalmente ressona com o divino OM hindu ( mais precisamente AUM ), aquela sílaba universal que contém e compreende tudo: nascimento e morte, criação e destruição, a matéria e a anti-matéria. Essa gigantesca onda musical recém descoberta cientificamente nada mais é do que o profundo e misterioso AUM do planeta, algo totalmente normal, se entendermos como normal esse poder incomensurável e essa vasta e infinita vigência sonora que não podemos possivelmente compreender.

Na verdade, todas as esferas o fazem: todos os planetas e todos quasares e estrelas e luas e turbilhantes galáxias, todos vibram e cantarolam como um coro de oblívias entidades sussurrando mantras provenientes de algum buraco negro. Nada de novo realmente: místicos e poetas e teoristas já refletiam sobre a música das esferas ( ou musica universalis ) desde sempre, é a base da filosofia cósmica, que une a geometria sagrada a matemática, cosmologia, astrologia e música sob uma única e imensa pancada poética e divina.

Não temos que pesquisar muito para perceber que todos os seres humanos - todos os animais aliás - adoram melodias, ritmos e batidas e são capazes de perceber a fonte da vida diária como o próprio rugido deste planeta, em direção a tudo o que contém e também para fora, de volta ao cosmos.

Adoramos Rock, Pop ou Metal? Jazz, Deep House, Forró, Sertanejo ou Minimal? Claro que sim, pois de alguma forma, no interior de nossas células e de nosso próprio DNA, a música nos remete de volta para a fonte, para a própria vibração da Terra, para o pulso do cosmos. Claro que sim! Bater o pé e balançar o corpo ao som daquela nova faixa é, na verdade, mover-se junto com o cantarolar do planeta, obliviamente.

Em algum momento nós vamos decifrar a charada. A ciência irá em algum ponto, com sua inseparável arrogância, examinar e medir e quantificar e categorizar este ruido místico, e explicar que ele meramente provém do balançar dos oceanos, dos ventos solares ou de 10 bilhões de árvores que decidem, juntas, crescer mais um centímetro. E então a nossa atitude será aquela a qual fomos adestrados: veremos o fenômeno através de nossos filtros pré-financiados e o classificaremos dentro de alguma de nossas categorias estreitas, esquecendo-o dentro de alguma caixa já empilhada por nosso egoico processo de colonização do universo.

O quão perigosamente entediante!

Devemos ao invés, aprender a mandar a mente racional calar-se e deixar que a alma tome o controle e sentir que - espere! Talvez a maioria dos humanos tenha entendido a conexão divina de uma forma totalmente enganosa! Talvez deus não seja essa deidade raivosa que faz chover culpa e medo e julgamento sobre toda a humanidade, afinal de contas! Talvez ela seja na realidade esse pulso, esse ritmo, essa batida, latejo, vibração, palpitação, arquejo, sonoridade, música, profunda, eterna, complexa, infinita, etérea, divina.

E nós...  nós estamos apenas nos dilatando e contraindo como podemos, da melhor forma possível, tentando acompanhar a porra da melodia.

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O texto acima é uma tradução e adaptação minha de um artigo de Mark Morford, publicado no portal SFGate em abril deste ano. Escolho este texto para começar este blog pois ele me remete a vários aspectos da transformação que estamos começando a viver, da qual o ano de 2012 parece ser um grande catalisador. Compreender e vivenciar melhor esta transformação é sem dúvida a causa desta viagem que estou fazendo. E dividir as informações que surgirem no meu caminho sobre esta transformação, a causa deste blog.

Talvez os relatos contidos aqui sirvam para ajudar a quem os lê a perceber que sim, alguma coisa está acontecendo. Alguma transformação que talvez mude a maneira como vemos o mundo pode estar começando, ou se intensificando agora. Podemos estar sim às portas de uma nova fase para a raça humana, quando tomaremos mais consciência de quem somos e da realidade na qual vivemos.

Um dos sintomas desta transformação parece ser a mudança que estamos observando na nossa percepção de tempo. Porque provavelmente não seja o tempo que esteja passando mais rápido, mas a percepção que temos dele que esteja se modificando. A mudança está em nós. Porém assim como o cantarolar da Terra, esta talvez seja apenas mais uma, do tipo de notícia que estamos acostumados a esquecer.

Cada vez mais ocupados com nossas tarefas egóicas, com os novos problemas e promessas que o mundo atual nos traz, há uma grande probabilidade de não prestarmos muita atenção ao fato de que o planeta está cantarolando, de que o tempo é hoje diferente do que era quando éramos crianças, de que não somente a Terra, mas todos os planetas do nosso sistema solar apresentaram elevações de temperatura nestes últimos anos, de que todos eles passam atualmente por mudanças climáticas.

Talvez o nosso DNA seja a antena que capta a frequência de energia que forma esta realidade que vemos, decodificando-a como um aparelho de rádio ou TV decodifica ondas eletromagnéticas e as transforma em imagens e sons. E para que uma nova consciência seja possível, para que a realidade a nossa volta mude, talvez seja necessário que o nosso próprio decodificador se aprimore.

Vivenciar esta transformação é estar aberto para que um milagre possa ocorrer na nossa vida. É estar aberto para que deus, o pulso, o ritmo, a batida, entre dentro de nós e mostre-nos uma nova experiência e um novo escopo de possibilidades. Sim, algo extraordinário pode estar acontecendo. E precisamos estar preparados para que possamos enxergar o passado sem dor e o futuro sem medo. Para que o amor que somos capazes de criar seja maior do que o medo e o caos que algumas forças podem querer nos vender mais intensamente nos próximos anos. Para que a alma se liberte da mente e volte a tomar o controle.

Espero que este blog ajude a somar algo a imensa base de informações que se forma hoje na internet, a respeito de um possível novo futuro para a humanidade, repleto de luz e amor, onde conseguiremos convergir nossas consciências e assim, juntos, co-criar um planeta mais evoluido.